domingo, 13 de março de 2011

Os melhores tempos.

          Não há como esquecer, se amargurar, deixar-se entristecer com a dor de não poder reviver tudo o que foi vivido, de ter as primeiras experiências denovo, de ser o centro das atenções, de sentir o amor por todos os lados, não há como esquecer da infância.
          Os amigos de infância, os amigos que zuavam, curtiam, que riam de nós, até eles fazem falta, imagine os nossos melhores amigos, eles ficam na memória o resto da vida, os primeiros beijos, as primeiras anciedades, as primeiras melhores risadas, os primeiros tombos, as primeiras lágrimas, as primeiras dores, as primeiras doenças, os primeiros amores que nos fazem sofrer. Quando se enjoa dos mesmos sentimentos e pouca coisa para aprender brincando sozinho no chão da sala, sentimos falta de tudo. Até mesmo daquele primeiro pedido de beijo que levou uns 10 minutos pra sair. É, ser criança, é ser divino.
         Como era bom se sentir protegido sempre pela sua mãe, como é bom implicar com o irmão, e ao chorar, correr quase sem fôlego e apertar bem forte a saia da nossa mãe e dizer como o mais gago do mundo: Ele me bateu. Ganhar presentes no aniversário, entupir-se de refrigerantes e bolos e doces, sem se preocupar com nada, e nosso maior problema, era tentar durmir e parar de pensar em todos os brinquedos que temos para brincar no dia seguinte. As melhores brigas eram com as meninas, as mesmas que amamos incansavelmente quando adultos ou adolescentes, tanto faz.
Não se preocupar em durmir na sala assistindo tv, pois sempre acordava no quarto, sem se lembrar quem nos trouxe, era fantastico.
Parece tão fraca a dor dos joelhos e cotovelos ralados que ardiam após nossos pais passarem merthiolate quando comparamos a um coração ferido.
Lembro de quanto era estúpido quando aos 12, 13 anos de idade, exigia que todos me chamassem de homem. Hoje me sentiria feliz só por sonhar que sou criança, por uma noite.
Me vestia de qualquer jeito, não estando nem ai pro mundo, andava descalço e tacava areia no muro.
Ah infância, como você faz falta, mas é por você, por tudo que passei enquanto tinha você, que hoje posso dizer com toda a felicidade e simplicidade: Na minha infância, eu fui feliz.

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